Câncer de Rim – Saiba tudo sobre esta doença!

Câncer de rim é o crescimento desordenado e acelerado de células anormais dos tecidos que compõem o rim. Ele ocorre com mais frequência na faixa etária dos 50 aos 70 anos e atinge duas vezes mais homens do que mulheres, mas pode aparecer em qualquer idade.

Os rins são os principais filtros do corpo humano. Através da urina, eles eliminam os excessos de água, sódio e potássio, além das toxinas prejudiciais ao nosso organismo. Também auxiliam na produção da hemoglobina.

Neste texto iremos abordar os pontos mais importantes que você precisa saber sobre o câncer de rim.
– O que é e quais são as causas do Câncer de Rim?
– Quais os tipos de Câncer Renal?
– O que é o Tumor de Wilms?
– Cistos Renais são tumores?
– Quais os sintomas do Câncer de Rim?
– Como é feito o diagnóstico do Câncer de Rim?
– Exames de Imagem
– Sistemas Prognósticos
– Biópsia
– Quais são os tratamentos para o Câncer Renal?
– Nefrectomia
– Terapias-Alvo
– Seguimento Ativo
– Terapias Ablativas

 

O que é e quais são as causas do Câncer de Rim?

O câncer de rim é o crescimento desordenado de células anormais no rim. Ocorre com mais frequência na faixa etária dos 50 aos 70 anos e atinge duas vezes mais homens do que mulheres.
Entre suas principais causas estão o histórico familiar, o contato com substâncias tóxicas utilizadas na indústria, o tabagismo, a hemodiálise, a hipertensão, a obesidade e a doença de Von Hippel-Lindau.

 

Quais os tipos de Câncer Renal?

Os principais tipos de câncer de rim são:
Carcinoma de células renais claras: é o tipo mais comum e se origina no tubo que filtra as impurezas do sangue.
Carcinoma papilar de células renais: é pequeno, pouco palpável e pode bloquear as vias urinárias, causando dor.
Carcinoma cromófobo de células renais: geralmente é menos agressivo, mas só pode ser detectado em exames com corantes azul escuro ou roxo.
Ductos coletores: é um tipo raro e agressivo, que se origina em uma estrutura do rim chamada tubo de Bellini.
Sarcomatoides: é raro, agressivo e possui características semelhantes às do carcinoma de células renais claras.

 

O que é o Tumor de Wilms?

O Tumor de Wilms, também chamado de Nefroblastoma, é um tumor maligno que se origina no rim e cuja incidência é mais comum na infância. Geralmente, os pacientes apresentam massa abdominal palpável em exame clínico de rotina, além de outros sintomas associados, como infecção urinária, sangue na urina, pressão alta e dor.
Apesar de muitas vezes poder acometer os dois rins, o Tumor de Wilms é um dos tipos de tumores infantis com maior chance de cura e com uma sobrevida elevada. O tratamento engloba cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Recomenda-se o acompanhamento de um pediatra!

 

Cistos Renais são tumores?

O cisto renal também costuma levantar muitas dúvidas nos pacientes. Cisto é a mesma coisa que tumor? Não! Os cistos renais são lesões arredondadas originárias nos rins, que possuem um líquido em seu interior. E, na maioria dos casos, eles são benignos, mas alguns podem ser um câncer.
Para identificar os casos de risco, existe uma classificação radiológica que divide os cistos renais em simples (Bosniak I e II) ou complexos (Bosniak IIF, III e IV), baseada em exames de tomografia ou ressonância.
Quanto mais espessas as paredes do cisto, mais septos, mais calcificações e conteúdos sólidos, maior o risco de haver um tumor. Os cistos do tipo 1 e 2 devem sem acompanhados e os do tipos 3 e 4 removidos. Um exame de imagem de qualidade é de extrema importância.

 

Quais os sintomas do Câncer de Rim?

Os principais sintomas do câncer de rim são: dor persistente nas costas, inchaço abdominal, presença de sangue na urina, febre que não cede, perda de peso, cansaço constante, massa abdominal palpável e anemia.
Vale ressaltar que muitos destes sintomas são comuns também a outras doenças. Por isso, é fundamental consultar um urologista para um diagnóstico mais preciso e um tratamento adequado.

 

Como é feito o diagnóstico do Câncer de Rim?

Existem diferentes métodos para se fazer um diagnóstico de câncer renal, mas o mais importante é que ele seja feito por um médico especialista, porque os tumores possuem várias características distintas que vão determinar o melhor tipo de tratamento.
Veja quais são os principais deles!

 

Exames de Imagem

Os melhores exames para se avaliar um tumor renal são a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. Com eles, podemos definir qual a abordagem ideal para o tratamento, pois os exames de imagem ajudam a localizar a lesão e a determinar o estadiamento do câncer de rim.
Na maioria das vezes, o tumor é assintomático e é descoberto por acaso durante um ultrassom de rotina. Nestes casos, geralmente ele está em estágio inicial, ainda é pequeno e um procedimento minimamente invasivo pode remover o tumor exclusivamente sem deixar sequelas.

 

Sistemas Prognósticos

Para se determinar o tratamento de pacientes em estágio IV, metastático, utilizamos métodos que definem grupos de risco baixo, intermediário e alto. Pacientes que não tenham risco desfavorável podem se beneficiar do tratamento do tumor local associado ao tratamento sistêmico. Os critérios avaliados são:
– Nível de LDH alto
– Taxa de glóbulos brancos elevada
– Taxa de plaquetas elevada
– Nível de cálcio no sangue elevado
– Anemia
– Menos de um ano desde o diagnóstico até a necessidade de um tratamento sistêmico
– Estado geral de saúde ruim

 

Biópsia

Outro exame bastante utilizado em doenças oncológicas, a biópsia, geralmente não é realizada para o diagnóstico do câncer renal, pois os exames de imagem fornecem informações suficientes para a decisão cirúrgica. No entanto, quando as imagens não são conclusivas, ela se torna necessária. A biópsia também pode ser utilizada nos casos em que o estado de saúde do paciente não permite uma cirurgia e outro tratamento seja ponderado.
O método mais utilizado se chama core biopsy e consiste na inserção de uma agulha través da pele para coletar uma amostra de tecido, sem que qualquer material seja disseminado no trajeto, de forma muito segura. Este procedimento é realizado com o auxílio do ultrassom ou da tomografia computadorizada.

 

Quais são os tratamentos para o Câncer Renal?

Existem vários tipos de tratamento para o câncer renal, mas o mais usual é a cirurgia, que pode ser feita de forma convencional ou auxiliada por robô. Nos casos em que ocorre a remoção parcial do órgão, ela é chamada de nefrectomia parcial. Já na nefrectomia radical, a remoção é total.
Existem outras técnicas como a ablação por radiofrequência, em que as células cancerosas são mortas por uma fonte de calor, e a crioablação, em que são mortas por congelamento. Há também as terapias-alvo, que agem contra moléculas específicas na metástase, as drogas antiangiogênicas e os inibidores da proteína mTOR, que impedem o crescimento do tumor. Cada caso deve ser estudado para podermos oferecer a melhor estratégia de cura.
Saiba um pouco mais sobre eles!

 

Nefrectomia

Nefrectomia é a cirurgia para retirada total ou parcial de um rim.
A nefrectomia parcial consiste na remoção apenas da parte do rim que contém a doença, por meio de algumas incisões, e é a cirurgia eleita pelos pacientes com câncer renal em estágio inicial. Ela é empregada sempre que possível, nos casos em que se possa remover completamente a lesão e ainda manter o rim de forma funcionante.
Na nefrectomia radical, todo o rim é removido e também algumas outras estruturas adicionais, como a glândula suprarrenal e os gânglios linfáticos próximos.
Quando a nefrectomia é realizada com o auxílio de um robô, resulta em menor tempo de internação, recuperação mais rápida e menos dor no pós-cirúrgico.

 

Terapias-Alvo

As terapias-alvo são uma opção de tratamento para pacientes de câncer de rim, em que a quimioterapia não apresenta resultados eficazes. Estes medicamentos funcionam de forma diversa dos quimioterápicos e têm efeitos colaterais diferentes.
Muito utilizados nos tratamentos de câncer em estágio avançado, medicamentos como Sunitinibe, Sorafenibe, Pazopanibe e Temsirolimus retardam o crescimento do tumor, bloqueando o crescimento dos vasos sanguíneos que nutrem o câncer (angiogênese) ou as proteínas que ajudam as células cancerígenas a sobreviver (tirosinaquinases).
Esses tratamentos trouxeram novas perspectivas, com resultados excelentes, para os casos de tumores renais avançados.

 

Seguimento Ativo

O seguimento ativo é a opção de se manter em observação o comportamento de tumores renais antes do início de qualquer tratamento. Ele é indicado apenas para pacientes com tumores pequenos de até 4 cm de diâmetro, os quais deverão ser acompanhados com exames de imagem a cada 3 a 6 meses. Se os tumores tiverem um crescimento rápido ou atingirem os 4 cm, deverão ser removidos.
Este tipo de abordagem é mais indicado para pacientes idosos ou debilitados. Em alguns casos, é necessária a realização de uma biópsia para se confirmar o câncer, evitando a cirurgia, já que alguns destes pequenos tumores não são uma neoplasia.

 

Terapias Ablativas

Nos casos em que os pacientes não podem se submeter a uma cirurgia para tratamento do câncer renal, outras abordagens podem ser utilizadas para destruir os tumores, como as terapias ablativas.
Na crioablação, uma sonda é inserida no tumor e gases muito frios congelam a região, destruindo-o. A ablação por radiofrequência também usa uma sonda fina inserida no tumor, que é aquecido através de uma corrente elétrica, destruindo as células cancerígenas. Ambos os procedimentos são feitos com anestesia, guiados por um exame de imagem e podem apresentar efeitos colaterais como sangramentos e lesões nos rins.

 

 

Como vimos, de acordo com o tamanho do tumor, sua localização e o estado de saúde do paciente, podem ser aplicados diferentes tratamentos para o câncer de rim, porém, somente um especialista será capaz de determinar o mais adequado. Marque uma consulta comigo e mantenha seus exames sempre em dia!

 

 

Agendar Consulta