Tenho disfunção erétil com 40 anos. E agora?

A partir dos 40 anos é possível que até 50% dos homens manifestem algum grau de disfunção erétil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia. Mas as perspectivas de tratamento são muito boas!

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a partir dos 40 anos é possível que até 50% dos homens manifestem algum grau de disfunção erétil. E as principais causas são: queda da testosterona, doenças cardiovasculares, além de fatores psicológicos e emocionais causados por ansiedade e estresse. Apesar deste dado soar alarmante, a idade não é mais um fator determinante para se ter ou não um bom desempenho sexual.

Hoje em dia, existem diversos tipos de tratamento que podem promover um retorno à vida sexual com qualidade em qualquer fase de nossa vida. Neste artigo iremos falar sobre:

– O que é disfunção erétil?
– É normal apresentar disfunção erétil aos 40 anos?
– Envelhecimento
– Queda Hormonal
– Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM)
– Doenças Cardiovasculares
– Doença de Peyronie
– Fatores Psicológicos
– Outros Fatores
– Como devo tratar a disfunção erétil?
– Mudança de Hábitos
– Psicoterapia
– Reposição Hormonal
– Medicações Orais ou Injetáveis
– Tratamento para a Doença de Peyronie
– Reabilitação Peniana
– Prótese Peniana

 

O que é disfunção erétil?

A ereção é o resultado de um trabalho conjunto entre o sistema nervoso vascular e o hormonal.
Disfunção erétil é a incapacidade de iniciar ou manter uma ereção suficiente para a relação sexual. Ela ocorre devido a um desequilíbrio entre a contração e o relaxamento da musculatura do corpo cavernoso.
Homens que têm ereção, mas não conseguem manter a rigidez peniana durante toda a relação sexual certamente possuem algum grau de disfunção erétil. Quando não tratada, ela pode levar à atrofia peniana.
Esse distúrbio também pode ser um alerta para problemas cardiovasculares, por isso, deve ser melhor investigado.

 

É normal apresentar disfunção erétil aos 40 anos?

Embora a idade seja um fator que pode agravar este problema, nem todo homem nesta faixa etária terá problemas de ereção. Mas a disfunção erétil é bastante comum e atinge 50% dos homens acima dos 40 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia.
O mecanismo da ereção depende de fatores tanto fisiológicos quanto emocionais. Vejamos a seguir quais fatores podem causar a disfunção erétil!

 

Envelhecimento

O tempo produz um desgaste natural do tecido peniano, além de diminuir a quantidade de músculos lisos no tecido cavernoso, o que prejudica a função erétil.
Apesar disso, atualmente, a idade não é mais considerada um fator restritivo para o homem manter sua vida sexual ativa e satisfatória.

Queda Hormonal

O principal hormônio sexual do homem é a testosterona, que começa a ter uma baixa no organismo após os 40 anos.
Este hormônio, responsável pelas características masculinas como o tom de voz, os pelos no corpo e o desenvolvimento da musculatura, atinge seu nível máximo por volta dos 20 anos de idade. A partir daí ele começa a cair e aos 40 anos esta queda é de 1-2% ao ano.
A queda dos níveis de testosterona pode gerar sintomas como:
– Perda da libido;
– Diminuição das ereções;
– Desânimo;
– Perda de massa muscular;
– Fadiga;
– Aumento de gordura abdominal;
– Ondas de calor;
– Depressão.

Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM)

A comprovação da baixa da testosterona associada aos sintomas descritos anteriormente caracteriza o Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM).
Seu diagnóstico é feito através de um questionário, para avaliar se o paciente tem sentido perda de energia, de prazer pela vida, se tem ereções menos firmes, se anda irritado, impaciente e sonolento.
Este questionário inicial é complementado por exames de saliva e de sangue para confirmar o diagnóstico e orientar na prescrição do melhor tratamento.

Doenças Cardiovasculares

A ereção ocorre quando, por meio de estímulos cerebrais, os corpos cavernosos do pênis se enchem de sangue, aumentando seu comprimento e volume. E a rigidez da ereção vai depender da alta pressão nos corpos cavernosos.
Pessoas que possuem problemas de circulação sanguínea estão sujeitas à disfunção erétil e a outros problemas vasculares, que podem ocasionar infartos e acidentes vasculares cerebrais. Por isso, a disfunção erétil pode ser um alerta para doenças cardiovasculares ainda não detectadas.
Entre as principais doenças cardiovasculares estão as doenças cardíacas e coronarianas, a hipertensão arterial, a diabetes e a aterosclerose.

Doença de Peyronie

A Doença de Peyronie se caracteriza por uma curvatura anormal e severa do pênis em qualquer direção, que surge a partir dos 40 anos e é causada por pequenos traumas durante as relações sexuais ou práticas esportivas.
Este traumatismo causa um processo inflamatório no pênis, que leva à formação de placas de fibrose ou cicatrizes que originam a curvatura peniana.
Dependendo dos níveis desta curvatura, a penetração fica totalmente inviabilizada e pode provocar dores na relação sexual. Em alguns casos, também pode levar à disfunção erétil.

Fatores Psicológicos

A disfunção erétil pode ser motivada por altos níveis de ansiedade e estresse, causados por diversos fatores emocionais, como perda do emprego, preocupações financeiras, sobrecarga de trabalho, problemas familiares, preocupação com o desempenho sexual, entre outros.
E por estar relacionada a fatores emocionais tem grande probabilidade de cura. Nos casos mais graves, recomenda-se fazer algum tipo de terapia ou buscar o acompanhamento de um psicólogo.

Outros Fatores

Além dos fatores psicológicos, hormonais e vasculares, podemos citar diversas outras causas da disfunção erétil:

– Uso de medicamentos;
Diabetes;
Hipertensão;
– Colesterol alto;
– Sedentarismo;
Obesidade;
– Cirurgias pélvicas;
– Alcoolismo;
Tabagismo;
– Consumo de drogas ilícitas;
– Uso de anabolizantes.

Os danos causados aos vasos sanguíneos, nervos, músculos lisos ou tecidos fibrosos interferem diretamente na obtenção e manutenção da ereção. Para recuperar a saúde sexual de um paciente com disfunção erétil, recomenda-se um estilo de vida mais saudável e o acompanhamento médico.

 

Como devo tratar a disfunção erétil?

Se você se encontra na faixa etária dos 40 anos e já apresenta sinais de disfunção erétil, não se preocupe! Existem diversas opções de tratamento, tanto para a disfunção de origem emocional quanto para a de origem física.
Saiba quais são elas!

 

Mudança de Hábitos

É sabido que hábitos de vida saudáveis contribuem para uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos, inclusive o sexual. Homens com mais de 40 anos que mantêm uma vida equilibrada têm menos chances de sofrer de disfunção erétil.
Por exemplo, a alimentação equilibrada pode evitar a obesidade e outras doenças associadas a ela. A prática de atividades físicas regulares favorece a circulação sanguínea, melhorando o sistema cardiovascular. E deixar de fumar evita o entupimento dos vasos sanguíneos, reduzindo as chances da disfunção erétil.

Psicoterapia

A psicoterapia é um tratamento que busca curar as doenças da mente, os transtornos psicológicos e restabelecer a saúde mental das pessoas.
Quando a disfunção erétil está relacionada a fatores emocionais, a psicoterapia vai trabalhar os aspectos que estão afetando a vida sexual do paciente.
Este trabalho visa entender o contexto em que a vida sexual dele está inserida para melhor trabalhar as suas resistências e medos, reduzir a ansiedade sobre o desempenho sexual, promover o restabelecimento de sua saúde mental e, consequentemente, melhorar também o sexo.

Reposição Hormonal

Quando o homem apresenta baixos níveis de testosterona e tem confirmado o diagnóstico do Distúrbio Androgênico de Envelhecimento Masculino (DAEM), a reposição hormonal é indicada, se não houver nenhuma outra contraindicação.
A reposição hormonal masculina não apenas contribui para a retomada de uma vida sexual satisfatória, como também evita a disfunção endotelial, a piora das taxas de açúcar no sangue, o aumento de citocinas pró-inflamatórias e, em alguns caso, a ocorrência de derrames e infartos.
A reposição hormonal pode ser feita através de medicações injetáveis, gel ou implantes de pellets de testosterona, mas sempre seguindo orientação médica.

Medicações Orais ou Injetáveis

Hoje, existem diversos medicamentos inibidores da fosfodiesterase tipo 5, que auxiliam nos problemas de ereção, como o Citrato de Sildenafila, Tadalafila, Vardenafila ou Lodenafila.
Todas estas medicações são vasodilatadoras e ajudam na recuperação da ereção, porém, é perigoso adotar o seu uso indiscriminado, pois elas apresentam efeitos colaterais e em 35% dos casos não são toleradas pelos pacientes. Por isso, devem ser prescritas pelos médicos.
Existem também algumas medicações injetáveis, que devem ser aplicadas diretamente no pênis, momentos antes da relação sexual, e são uma alternativa aos medicamentos orais.

Tratamento para a Doença de Peyronie

Dependendo do grau da deformidade peniana, o tratamento para a Doença de Peyronie pode ser clínico ou cirúrgico.
O tratamento clínico consiste em medicamentos via oral para controlar a dor, como anti-inflamatórios, analgésicos e outros que evitam a piora da deformidade. Empregado na fase aguda da doença, ele pode durar de 12 a 18 meses.
Na fase crônica, o procedimento recomendado é o cirúrgico. Mas este pode ocasionar complicações, tais como:
– Encurtamento da haste peniana;
– Diminuição da sensibilidade;
– Piora da função erétil;
– Alteração da curvatura peniana.

Reabilitação Peniana

A reabilitação peniana serve para melhorar a função sexual e impedir a atrofia do pênis. É empregada quando os pacientes ficam sem atividade sexual por muito tempo, motivada por uma separação conjugal, cirurgias de próstata ou de bexiga ou outros motivos.
Muitas vezes, os pacientes optam pela reabilitação ao invés do uso de medicações orais e injetáveis ou como uma maneira de diminuir a dosagem dessas medicações sem prejudicar o seu desempenho.
Os tipos de reabilitação existentes são a vacuoterapia, a fisioterapia do assoalho pélvico e a terapia de ondas de choque de baixa intensidade. Esta última oferece bons resultados em homens que possuem dificuldade de ereção causada por problemas de vascularização do pênis.

Prótese Peniana

Por fim, existe um procedimento que oferece uma solução definitiva para a disfunção erétil: a prótese peniana. Ela é também uma opção para quando a medicação oral não funciona.
A prótese peniana consiste num dispositivo implantado no pênis do paciente, que possibilita uma ereção sem falhas. Existem dois tipos de prótese: a semirrígida e a inflável. A primeira permite uma ereção permanente e a segunda se assemelha mais ao processo biológico natural.
As próteses semirrígidas são feitas de silicone com uma cordoalha metálica em seu interior, permitindo que sejam dobradas tanto para a prática sexual quanto para mantê-las sob a roupa. Já as próteses infláveis possuem 3 componentes: a prótese propriamente dita, um reservatório de soro fisiológico e uma bomba de acionamento.
Apesar de possuírem várias diferenças, ambas são eficientes no tratamento da disfunção erétil.

 

Você acabou de descobrir que a disfunção erétil é um problema que pode atingir metade da população masculina acima dos 40 anos, mas que também possui diversas formas de tratamento.

Então, se você se encontra nesta faixa etária e já sente algumas mudanças em seu desempenho sexual, não se preocupe! Existem diversas maneiras de tratar este problema.

Você só precisará consultar um médico, que irá avaliar o grau de sua disfunção erétil e indicar as melhores alternativas de tratamento, para que você retorne à sua vida sexual de forma plena e satisfatória. Procure um urologista!

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